Cenas

"... Num momento acreditei que fosse verdade. Por vezes somos tão tolos e esperamos que as coisas saiam como imaginamos. Queria poder contar contigo como antes mas parece que nosso tempo acabou. É este o fim do espetáculo, a cortina se fechou. Ouça agora os aplausos, ria de mim. Mas não esqueça meu nome nem o que eu fui, se é que algum dia signifiquei algo de verdade. Pra mim foi real. Pra mim é real. Mas se insistimos em negar então a realidade não existe... Cuide-se. Fique bem. Você e todas as suas mentiras. Acabou."

Esvaziar...

"Não tenho encarado as situações como fáceis ou difíceis, isso é uma caminhada e sei que uns dias são melhores que outros... Quem sabe onde isso tudo vai parar?

Sabe, quando eu era pequeno e as coisas não iam bem eu podia correr pra minha mãe e por a cabeça no seu colo e não havia lugar no mundo que fosse mais seguro e confortável. Gostava de passar as mãos nos cabelos negros dela, de massagear seus pés, de desembaraçar as linhas com as quais ela trabalhava e eu sabia que o sorriso dela era o melhor que havia.

Experimentar tem se tornado nosso manual, viver tem sido nossa melhor escolha e não importa quantos anos passem eu saberei que algumas coisas não mudarão, talvez o contato com alguns amigos e familiares diminua, mas sei que levarei muita coisa comigo aonde quer que eu vá...

É estranho se imaginar daqui a alguns anos, na verdade é estranho olhar o passado e ver quanta coisa aconteceu, os rumos e as tramas que nos trouxeram até o aqui e agora.

Não é tristeza, é nostalgia com um misto de esperança e uma promessa de felicidade no final.

Preciso esvaziar a mente!"